
A partir daí, sua expansão para os demais estados ocorreu através da regeneração natural e plantios.
A
algaroba é considerada uma árvore de uso múltiplo, sendo seus frutos importante
fonte de carboidratos e proteínas, principalmente para as regiões mais secas.

Uma
das alternativas que se apresenta é a utilização das vagens da algaroba, uma
vez que essa pode substituir o milho parcialmente na formulação de
concentrados, permitindo uma diminuição no custo de produção.
As
vagens possuem cerca de 13 % de proteína bruta e apresentam digestibilidade
acima de 74 %. Para as folhas, que têm baixa palatabilidade, o teor de proteína
é de 18 %, digestibilidade 59 % e tanino 1,9 %.
A
vagem da algaroba é comumente utilizada em pastejo direto pelos animais que tem
acesso a piquetes formados pelas arvores, dessa forma não há um controle eficaz
de quanto é consumido.
Na
forma de farelo, a utilização é recomendada, pois neste processo, além da
incorporação de todos os componentes da vagem (tornando-os mais digeriveis pelo animal - favorece também o controle de
possíveis fatores antinutricionais; reduz-se o ataque de insetos no
armazenamento; agrega-se valor ao produto e eliminam-se os casos de perfuração
intestinal em ruminantes)
O
farelo de vagem de algaroba (FVA) é obtido pela secagem das vagens, a
temperaturas que variam entre 60 e 80ºC, e posterior moagem.
Autores avaliando a
substituição da silagem de capim-elefante pelo farelo da vagem de algaroba
(FVA) na dieta de ovinos Santa Inês adultos, obtiveram os seguintes valores de
consumo de matéria seca com níveis de substituição de 0%, 15%, 30%, e 45%, de
farelo da vagem de algaroba. Pôde-se observar que, à medida que a percentagem
de FVA aumenta, o consumo de matéria seca também aumenta, afetando assim de
forma positiva.
Concluiu-se que a adição de 30 a 45% de FVA na dieta dos animais
pode ser uma alternativa viável nos períodos críticos do ano por não causar a
perda de peso dos animais.
Outro autor avaliou a substituição de farelo de milho/fubá por farelo de algaroba na alimentação de cordeiros mestiços (Dorper x Santa Inês), os resultados foram que em até 30% de substituição do milho não se prejudicou o desempenho dos cordeiros em aspectos qualitativos e quantitativos.
Outro autor avaliou a substituição de farelo de milho/fubá por farelo de algaroba na alimentação de cordeiros mestiços (Dorper x Santa Inês), os resultados foram que em até 30% de substituição do milho não se prejudicou o desempenho dos cordeiros em aspectos qualitativos e quantitativos.
Por tanto, concluímos que a
algaroba, em especial a vagem pode ser usada na alimentação de ovinos e
caprinos, mantendo-se os níveis seguros ela se torna uma excelente fonte de
nutrientes para os animais, podendo substituir grande parte do milho na dieta,
sem perder a qualidade do alimento.
(Referências
= ALMEIDA et al. (2003); SILVA et al., 2002ª; REBOUÇAS 2007; Almeida et al.,2008)