Bem
conhecido como dermatite pustular contagiosa, dermatite labial infecciosa, boca
crostosa ou boqueira. É uma doença infecciosa que atinge ovinos e caprinos, provocada
por um vírus altamente contagioso e que provoca lesões crostosas principalmente
na boca e face do animal.
Como
ela se manifesta?
A
doença ocorre em ovinos e caprinos com 3 a 6 meses de idade, porém existem muitos
relatos em animais de 10-12 dias de idade e em animais adultos. O ectima gera
diminuição do desenvolvimento, graus variados de dor e certa perda econômica.
Surtos podem ocorrer a qualquer tempo. A porta de entrada do vírus são as lesões no animal,
desta forma a presença de alimentos grosseiros ou forrageiras que levam a
lesões na mucosa oral aumenta o risco de contrair a doença. O vírus pode
permanecer infectante nas crostas presentes no ambiente ao longo de meses ou
anos.
Como é transmitida?
A
transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto. Animais jovens são
mais sensíveis. O contato entre animais e com instalações, pastagens e cochos
contaminados é a principal forma de disseminação da enfermidade. Outro fator
importante é o confinamento de animais. Após a introdução da doença nos
rebanhos, a enfermidade se torna endêmica pela persistência do vírus por longos
períodos no ambiente ou pela presença de animais com infecções persistentes.
Diagnóstico:
Comumente
o diagnóstico se dá através da observação dos sinais clínicos, no diferencial
indica-se exame histopatológico. As lesões de pele apresentam graus variáveis
podendo ser imperceptíveis ou graves. As lesões são mais comumente
observadas nas comissuras labiais. Nos casos mais graves, a infecção se estende
até as gengivas, narinas, olhos, úbere, língua, vulva, região perianal, espaços
interdigitais e coroas dos cascos. Mães amamentando animais com ectima podem
apresentar a doença nas tetas.
Prevenção:
Como medidas preventivas e de
controle aconselhas-se isolar os animais adquiridos de rebanhos diferentes por 2 a 3 semanas
(quarentena); fornecer o colostro aos filhotes; manter instalações limpas e desinfetadas;
separar e tratar os animais doentes e vacinar os restantes; em áreas
endêmicas, vacinar as fêmeas prenhes de 2 a 3 semanas antes do parto e duas
semanas após o parto.
A
imunização ativa dos ovinos e caprinos é um procedimento relativamente simples
e esta é indicada apenas nas áreas onde ocorre a doença por tratar-se de uma
vacina viva, preparada a partir de crostas contendo o vírus. Uma a duas gotas
da vacina é aplicada por escarificação da pele na face interna da coxa com
agulha ou estilete. Na ocorrência de um surto, a vacinação imediata do rebanho
é geralmente benéfica. A vacinação confere imunidade por aproximadamente dois
anos.
Tratamento:
No
tratamento das lesões, utiliza-se solução de permanganato de potássio a 3% ou
solução de iodo a 10% acrescido de glicerina, na proporção de uma parte da
solução de iodo para uma de glicerina. O ideal é pulverizar as áreas afetadas
pelo menos duas vezes ao dia, por sete dias consecutivos, mas a aplicação a
cada 48h da solução de iodo ou a auto-hemoterapia também se revelaram eficazes
no tratamento da doença.
Também
é preciso aplicar repelentes de moscas nas bordas das feridas, para evitar o
aparecimento de bicheira. Nas áreas mais sensíveis, como o úbere, as lesões
devem ser tratadas com iodo e glicerina na proporção de 1:3 ou com solução de
ácido fênico a 3% mais glicerina.
Cuidado:
O
ectima contagioso é uma zoonose altamente contagiosa e pode provocar lesões nas
mãos dos tratadores e veterinários, portanto é indispensável utilização de
luvas durante o tratamento, vacinação e manipulação dos animais!
(adaptado de milkpoint/Embrapa)
Ressaltamos que é indispensável à consulta à um médico veterinário de confiança !
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